sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CARDÁPIO LITERÁRIO - SESC CARMO-SP

COM: MARIA RITA SODRÉ
DIREÇÃO: MARCO ANTONIO GARBELLINI


INFANCIA - DRUMMOND

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia...

ESPIRITO NATALINO – MOACYR SCLIAR
Primeira coisa que ele fez, ao chegar em casa, foi tirar a roupa de Papai Noel: estava muito quente, suava em bicas. Também queixou-se de dor na coluna.

NOVE HAICAIS – DALTON TREVISAN
Dou com um perneta na rua e, ai de mim, pronto começo a manquitolar.
Uma bandeja inteira de pastéis. Como escolher um deles? São tantos.
— Fácil: deixe que ele te escolha.

CONFISSÕES DE UMA VIÚVA – MACHADO DE ASSIS
Decorreu um mês.Não houve durante esse tempo mudança alguma em casa. Nenhuma carta apareceu mais, e a minha vigilância, que era extrema, tornou-se de todo inútil. 

A RAPOSA E O CACHO DE UVAS - MILLÔR FERNDES
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Millôr Fernandes

O DESAPARECIDO (PARTE) RUBEM BRAGA
Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma crônica muito antiga num dia sem assunto...
 

O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS – LIMA BARRETO
Esperei um instante o dono da casa.Tardou um pouco. Um tanto trôpego, com o lenço de alcobaça na mão, tomando veneravelmente o simonte de antanho, foi cheio de respeito que o vi chegar. Tive vontade de ir-me embora.

Teresa – MANUEL BANDEIRA
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
 
ARTE DE AMAR
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.

MARIO QUINTANA (POEMA)
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

POESIA DE AMOR - MARTHA MEDEIROS
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.

GREGÓRIO DE MATTOS
Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.


 
























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